Quando entramos em um laboratório ou até mesmo na hora de adquirir um novo equipamento percebemos que estes modelos são extremamente parecidos esteticamente, mas na verdade, na prática, não são nada parecidos, visto que desempenham funções bem distintas.
Vamos falar um pouquinho de Estufas para Cultura Bacteriológica, ou também conhecida como Incubadora Microbiológica, Estufa Microbiológica…que é o foco desse artigo.
As Incubadoras Microbiológicas são utilizadas em laboratórios de microbiologia, patologia, análises clínicas, indústrias de diversos segmentos e também muito presente em ambientes didáticos e de pesquisa.
Mas afinal, qual é sua função e por que difere tanto das Estufas de Secagem? Essas Incubadoras são desenvolvidas especialmente para procedimentos de incubação, crescimento e multiplicação de microrganismos, ou seja, tem por função proporcionar um ambiente ideal para o crescimento de microrganismos, mantendo a temperatura constante com precisão e exatidão.
Grande parte das bactérias possuem a temperatura ideal de crescimento entre 36,5 °C e 37 °C, por isso a necessidade de utilizar este equipamento e principalmente, que o mesmo tenha alta precisão para garantir a proximidade dos parâmetros ao longo do processo de incubação com o mínimo de variações e também alta exatidão para que estes valores se aproximem ao máximo das temperaturas reais e ideais de crescimento.
Como visto acima, é possível observar a primeira diferença entre uma Incubadora Microbiológica e uma Estufa de Secagem/Esterilização, que é a faixa de temperatura do equipamento. Como temos essas temperaturas ideias de crescimento bacteriano, não existe a necessidade desses equipamentos ultrapassarem 80, 100 °C, o que não ocorre em uma Estufa de Secagem. Estufas destinadas para esterilização e secagem costumam operar até 200-300°C, dependendo do modelo. Elas são utilizadas para secagem e esterilização de diversos tipos de instrumentos e materiais laboratoriais, médicos, cirúrgicos e odontológicos, como exemplo secagem de vidrarias. Quando envolve o procedimento de esterilização, já estamos falando de uma faixa de temperatura entre 160 °C-180 °C, para que tenha a eliminação completa de microrganismos e esporos.
Agora que conseguimos compreender a principal diferença entre uma Incubadora Microbiológica e uma Estufa de Secagem/Esterilização e também sobre o motivo de cada uma atuar em uma faixa específica de trabalho, faz sentido uma Incubadora Microbiológica operar com temperaturas acima de 100 °C?
Como todo equipamento, estes também possuem algumas particularidades, como exemplo a importância de um acompanhamento visual durante os processos de incubações nas Estufas Microbiológicas. Para isso, é de extrema importância que este equipamento tenha como adicional uma porta interna em vidro, permitindo assim a inspeção visual sem interferir de forma significativa na operação.
Além disso, existe também o conceito de circulação de ar natural e circulação de ar forçada. Qual a importância desse conceito na minha rotina e como identifico a real necessidade em meu processo? Como padrão os equipamentos possuem circulação de ar natural, já alguns modelos podem ter circulação/ventilação de ar forçada, que é de extrema importância quando precisamos de maior homogeneidade e estabilidade da temperatura, além de atuar com rápida recuperação da temperatura após abertura da porta ao longo de um processo.
Conclusão:
Incubadora Microbiológica/Estufa Bacteriológica/Estufa Microbiológica:
- Desenvolvido especialmente para procedimentos de incubação, crescimento e multiplicação de microrganismos, ou seja, tem por função proporcionar um ambiente ideal para o crescimento de microrganismos, mantendo a temperatura constante com precisão e exatidão.
Estufa de Secagem e Esterilização:
- Desenvolvido para eliminar microrganismos, secagem de materiais e vidrarias, testes de estabilidade, dentre outros.
Como agregar alta performance na minha rotina laboratorial?
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